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Grupo ‘Mulheres Unidas Contra Bolsonaro’ publica carta contra o fascismo

15/09/18 | Notícias |

247 – O Grupo de mulheres contra Bolsonaro, organizado na rede social Facebook publicou uma carta para esclarecer seu objetivo. A carta destaca que “o tratamento desrespeitoso dirigido às mulheres, aos negros, indígenas, homossexuais, o culto à violência, a agressão contra adversários, a defesa da tortura e de torturadores, constituem manifestações que devem ser combatidas por aqueles que acreditam nos princípios civilizatórios que possibilitam a existência de uma sociedade democrática e plural”. Leia a missiva na íntegra.

CARTA DAS BRASILEIRAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA IGUALDADE e RESPEITO À DIVERSIDADE

O Brasil vive um momento especialmente dramático de sua história. Nas eleições mais conturbadas após o fim da Ditadura civil militar, assistimos à perigosa afirmação, por um dos candidatos à Presidência, de princípios antidemocráticos, expressos num discurso fundado no ódio, na intolerância e na violência.

Se a posição deste candidato era pública, tendo sido reiteradamente manifesta ao longo dos 27 anos em que vem atuando na Câmara Federal, causa perplexidade a adesão a tais princípios por parte significativa da sociedade brasileira.

O tratamento desrespeitoso dirigido às mulheres, aos negros, indígenas, homossexuais, o culto à violência, a agressão contra adversários, a defesa da tortura e de torturadores, constituem manifestações que devem ser combatidas por aqueles que acreditam nos princípios civilizatórios que possibilitam a existência de uma sociedade democrática e plural.

Neste contexto, nós, mulheres, vítimas de agressões e desqualificações por parte deste candidato, viemos à público expressar nosso mais veemente repúdio aos princípios por ele defendidos, conclamando a população brasileira a se unir na defesa da democracia, contra o fascismo e a barbárie.

Somos muitas, para além de UM MILHÃO que integra este grupo. Defendemos candidatos e candidatas distintas, dos mais diferentes matizes político- ideológicos. Temos experiências e visões de mundo diversas, assim como são distintas nossas idades, orientações sexuais, identidades étnico- raciais e de gênero, classe social, regiões do país em que vivemos, posições religiosas, escolaridade e atividade profissional.

Na verdade, nos constituímos como coletivo a partir de uma causa comum, expressa nesta carta: a rejeição à prática política do candidato e aos princípios que a regem. Nos constituímos nas redes sociais, unidas numa corrente crescente e ativa, pela necessidade de tornar pública nossa posição no exercício da cidadania e participação, a partir da identidade feminina que nos congrega.

Nós, mulheres, historicamente inferiorizadas e marginalizadas, sujeitas a toda sorte de violência e desrespeito, recusamos hoje o silêncio e a submissão, herdeiras de uma luta há muito travada por mulheres que nos antecederam.

Somos aquelas que constituem a maioria do eleitorado brasileiro, ainda que sub-representadas na política partidária. Somos aquelas que, gestando e alimentado novas vidas, defendemos o direito de todos e todas a uma vida digna. Somos aquelas que, temendo pelas nossas vidas, pelas vidas de nossos filhos, filhas, companheiros e companheiras, diante da violência que assola e corrói a sociedade brasileira, somos contra a liberação do porte de armas, que só irá piorar o já dramático quadro atual.

Somos aquelas que, recebendo salários inferiores, com menor chance de contratação e progressão nos espaços de trabalho, entendemos que cabe aos governantes, à semelhança do que já ocorre em muitos países, construir políticas de igualdade salarial entre homens e mulheres.

Somos aquelas que , vítimas de assédio, estupro, agressão e feminicídio, defendemos o direito à liberdade no exercício da vida afetiva e sexual, demandando do Estado proteção e punição aos crimes contra nós cometidos.

Somos aquelas que protestam contra a perseguição e violência contra a população LGBTQ, porque entendemos que cada ser humano tem direito a viver sua identidade de gênero e orientação sexual.
Somos aquelas que se insurgem contra todas as formas de racismo e xenofobia, que defendem um país social e racialmente mais justo e igualitário, que respeite as diferenças e valorize as ancestralidades.

Somos aquelas que combatem o falso moralismo e a censura às expressões artísticas, que defendem a livre manifestação estética, o acesso à cultura em suas múltiplas manifestações.

Somos aquelas que defendem o acesso à informação e a uma educação sexual responsável, através de livros, filmes e materiais que eduquem as crianças e jovens para o mundo contemporâneo.

Somos aquelas que defendem o diálogo e parceria com escolas, professores e professoras na educação de nossos filhos e filhas, sustentados na laicidade, no aprendizado da ética, da cidadania e dos direitos humanos.

Somos aquelas que querem um país com políticas sustentáveis, que respeitem e protejam o meio ambiente e os animais, que garanta o direito à terra pelas populações tradicionais que nela vivem e trabalham.

Somos muitas, somos milhões, somos:

#MULHERES UNIDAS CONTRA BOLSONARO
CONTRA O ÓDIO, A VIOLÊNCIA E A INTOLERÂNCIA

…………………………………………………………………………………………….

Bolsonaristas mudam grupos do Facebook para simular apoio de mulheres ao candidato machista

Em resposta às páginas “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, os robôs bolsonaristas renomeiam páginas até de amor aos animais, que se transformam em “mulheres unidas a favor de Bolsonaro”

O grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro“, criado no dia 30 de agosto, é administrado por 104 eleitoras e já tem 1.542.123 participantes confirmadas (até as 17h51 de 13/09). Já o “Mulheres com Bolsonaro”, criado nesta terça-feira e com 222.652 eleitoras, descreve-se como um “grupo feito pra mulheres de fibra e coragem que não precisam do feminismo e defendem o Capitão Bolsonaro pra presidente”.

O deputado federal tem ainda a seu favor grupos menores, como o “Mulheres que apoiam Bolsonaro presidente”, que originalmente se chamava “Animais – Amor verdadeiro”, mas teve seu nome alterado e hoje tem 44 mil membros, e o “Mulheres unidas a favor de Bolsonaro”, com 35 mil participantes, que é administrado por cinco homens e antes se chamava “Presidente Bolsonaro 2018”.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 52% do eleitorado brasileiro são mulheres. É neste universo que o capitão da reserva encontra mais apoio e, ao mesmo tempo, rejeição: de acordo com dados da pesquisa do Ibope divulgada nesta terça-feira, ele é o líder das intenções de votos femininos, com 17%, mas 50% delas afirmam que não votariam nele de jeito nenhum.

— O grupo não busca ser porta-voz das intenções de voto, mas sim da insatisfação perante a possibilidade da eleição de um presidente que vai de encontro às pautas que protegem e defendem os direitos das mulheres — diz a professora de Filosofia Maíra Motta, de 40 anos e moradora de Salvador, na Bahia, que é uma das nove administradoras que lideram um dos grupos contra o candidato do PSL.

Uma das administradoras do grupo “Mulheres com Bolsonaro”, a dona de casa paulistana Karla Pinheiro, de 26 anos, conta que a ideia do espaço é provar que o candidato tem apoio do público feminino. Ela foi uma das responsáveis pela criação da comunidade “Dama de Ferro”, que reunia mulheres de direita e foi deletada pelo Facebook no início do ano, no que a rede disse ser um processo de adequação às normas de uso.

— Conheço várias mulheres que apoiam o Bolsonaro e acredito que os movimentos contrários querem se aproveitar da popularidade dele. Há muito sensacionalismo em torno do nome do Bolsonaro — afirma.

Grupos mudaram de nome para apoiar candidato

Na tentativa de angariar mais apoiadores a Bolsonaro, alguns eleitores renomearam grupos já existentes para que eles se transformassem em centrais de apoio feminino ao candidato. Foi o caso de pelo menos três grupos identificados pela reportagem. Somando aproximadamente 3 mil membros, o grupo “Politicamente desgovernado! Parem o Brasil!” foi reconfigurado para se chamar “Mulheres com Bolsonaro/Mourão – Brasil!”. Com 44.200 membros e criado há cerca de um ano, o “Animais — Amor verdadeiro” virou “Mulheres que apoiam Bolsonaro presidente”.

Um terceiro grupo, administrado por cinco homens, também aparece na ferramenta de pesquisa do Facebook. Hoje, ele tem mais de 35 mil membros e se chama “Mulheres unidas a favor de Bolsonaro”, mas, antes disso, era chamado de “Presidente Bolsonaro 2018”. Na descrição, os membros são tratados com artigos masculinos.

Enquanto isso, outros movimentos organizam eventos contra o candidato. Um dos mais recentes é o promovido pelo Move Institute – For The Animals, planejado para o dia 29 à tarde no Largo da Batata, em São Paulo. Na chamada para o evento, o grupo lembra que o candidato se posiciona favoravelmente a celebrações de maus tratos aos animais como a Vaquejada, que apoia os ruralistas e já admitiu a prática de zoofilia (sexo com animais).

Jornalistas Livres

 

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